Peguei a contra mão:
disse não ao mundo
que me negou o chão.
Conheci suas entranhas,
questionei algumas façanhas
do seu poder de destruir,
enganar e diluir a alma humana.
Peguei a contra mão:
disse não ao mundo
que me negou o chão.
Conheci suas entranhas,
questionei algumas façanhas
do seu poder de destruir,
enganar e diluir a alma humana.
É proibido ser, sem ser rotulado.
É proibido amar, sem ser odiado.
É proibido entender e ser entendido.
É proibido proibir quem proíbe.
É proibido se importar e agir,
sem que se incomodem, ou tentem impedir.
É mesmo proibido ter certezas,
sem que os brutos agridam com sutilezas.
É proibida a grandeza de se dar,
de tentar fazer algo maior que esta vida.
É proibido crer em si e abnegar
as conquistas, pra ganhar após a partida,
quem sabe algo mais do que pedras mortas.
É proibido ter sentido,
não correr perigos.
Se alguém soube algo a mais,
se desejou compartilhar,
saiba que é proibido pensar,
e quem proíbe,
obedece, e muito pouco pode
ofertar
gratuitamente.
Estou transbordando o calor
e o perdão que recebi antes,
quem pois, me pode censurar?
Faça seu barulho despeitado,
não proíbo, mas só peço que
o faça quase sem atrapalhar.
Será que deixo de ser
se meu coração
parar de bater?
Será que posso
parar de viver?
Não acredito na morte,
não questiono a sorte
quando dá as caras.
Não tenho patrão
e nem empregados.
Não quero padrão
e nem dois lados.
A razão em linha reta,
a poesia tão concreta,
que para o alto cerca
o ninho,
e para frente completa
caminhos,
sim.
Originalmente escrito em 24/09/2013.
Com ecos no escuro, meu coração entra em sintonia, e minha consciência assobia: nem todos procuram um sentido, apenas seguem.
Meu sonho
é uma canção
que faça até o amargo
sorrir,
que faça até o calado
cantar.
E que esta canção
não tenha mal,
senão bem, com o qual
todos queiram
se alegrar,
e até sonhar
com cânticos
assim:
feitos para despertar
o homem moderno,
para a simplicidade
do que continua
eterno.