Peguei a contra mão:
disse não ao mundo
que me negou o chão.
Conheci suas entranhas,
questionei algumas façanhas
do seu poder de destruir,
enganar e diluir a alma humana.
Peguei a contra mão:
disse não ao mundo
que me negou o chão.
Conheci suas entranhas,
questionei algumas façanhas
do seu poder de destruir,
enganar e diluir a alma humana.
És são ou insano?
Santo ou profano?
Gélido ou cálido?
O medo que tens
de ver-te a bem,
distorce a alma.
Não superior,
nem inferior.
Muito menos atolado
nos feitos do diabo:
por isto chame
defeito, fraqueza;
vergonha, beleza.
Mornidão,
tibieza?
És filho,
aprendiz,
bendito
e feliz,
ou não?
Meu sonho
é uma canção
que faça até o amargo
sorrir,
que faça até o calado
cantar.
E que esta canção
não tenha mal,
senão bem, com o qual
todos queiram
se alegrar,
e até sonhar
com cânticos
assim:
feitos para despertar
o homem moderno,
para a simplicidade
do que continua
eterno.
Para crescer com o amor, nunca se compare, e se supere sempre que puder.
Quero ser o sol que queima as plantas espinhosas, o vento que distribui a terra fértil, a nuvem que chega com chuvas, e o tempo que acolhe as surpresas boas. Quero ser o firme reflexo de uma luz vital, apagando sombras de mentiras, aquecendo a verdade esquecida, para que crescendo, volte quando mais preciso.